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24 abril 2011

Meu Segredo



Na madrugada, abandono...
Meu corpo de você, sedento.
Dele seu lindo olhar é o dono,
Sem você me resta o desalento.

Não sei se posso suportar,

Ter você aí, de mim tão distante...
Aqui sozinha a imaginar,
Com quem está nesse instante.

Amar em silêncio me mata aos poucos,

Te quero tanto e não me quer ver.
Deixo pegadas, afagos, revelo traços,
Quem sabe consiga um dia entender.

Enquanto espero te canto em versos,

Para em seus olhos me ver brilhar.
Desejos contidos estão submersos,
Virão a tona quando me desvendar.


Carla Piva





23 abril 2011

Magia e Encanto



Quero te enroscar no meu abraço
Juntar meu corpo ao corpo teu
Dividir contigo o mesmo espaço
Sentir teu corpo dentro do meu...

Sorrir ao ver o teu espanto

Escrever poesia em tua fronte
Viver da magia e do encanto
Beber a água de tua fonte.

Fazer desse momento...eternidade

Multiplicar sonhos e desejos...
Dar te apenas a felicidade
Entregue ao gosto dos meus beijos.

Se perca na magia desse encanto...

Vem, se enroscar no meu abraço...
Sorria ao ver teu próprio espanto...
Ao fazer do meu corpo teu regaço.

Carla Piva

20 abril 2011

Saga




Crepusculo dos meus dias
Sangue gelado em minhas veias
Olhos que dizem maravilhas
Boca que nada diz... incendeia
Em minha imaginação existes
Vive em meus sonhos todos os dias
De tua imagem me alimento
Na Lua Nova és meu tormento
De corpo inteiro a ti me entrego
Meu sangue quente é teu nesse momento
Na dança da paixão me arremeço
Misturando meu gosto com o teu
Igual a um Eclipse em ti adentro
E deixo o espirito flutuar
Nessa fascinante música que está no ar
Canção que me alimenta a alma
O teu toque que tanto me acalma
Te amo em silêncio sem que possas perceber
E então te espero, no próximo... Amanhecer.

Carla Piva




Presente para minha querida amiga, Fernanda, que ama a Saga Crepusculo.











16 abril 2011

Julieta e Romeu




Dei te meu mundo transformado em poesia
Meu coração pulsando, desarmado te entreguei
Não imaginei viver agora tamanha agonia...
Ignorastes... Jogastes fora o amor que te ofertei.

Se pudesses ouvir minha respiração, ofegante...

Buscando em vão... A delícia do teu beijo molhado...
Teu corpo rijo, entumescido... Penetrante...
Desarmado, entregue, tudo isso junto e misturado.

Encontre a coragem, que de ti se perdeu...

Vem tomar posse deste corpo, que é só teu
Esquece o passado e tudo o que sofreu...
Viver o infinito, comigo.... Julieta e Romeu.


Carla Piva

09 abril 2011

Outono




Noite fria de outono
A solidão, única companhia
Corpo inerte... Abandono
Traz de volta a nostalgia.

A vida segue seu rumo

E eu no piloto automático
Os meus sonhos desarrumo
O coração no peito... Estático

Meus olhos buscam os teus, em vão...

O corpo descansa frio... Inerte
Levaste contigo, meu pobre coração...
E, de longe, meu sofrimento te diverte.

Carla Piva